10 dezembro, 2009

Soneto de Chegada

Dois minutos que cheiram gasolina
alguns cadernos com sabor de menta
computador de tela sonolenta
um olhar que serve de morfina

São meros detalhes de uma rotina
vida recheada que não se inventa
e pensando em nada se experimenta
um encontro casual numa esquina

Um paradoxo de vontades suas:
És sina minha ou minha harmatia?
tênue linha de quimeras cruas

Sinto o sol da noite, a lua do dia
e na verdade quero mesmo as duas:
nostalgicamente chego a alegria

Rogério Arantes

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