Acaba o mês de setembro e os acontecimentos do mês estão aqui no Un Quimera:
Acordo Militar Brasil-França
As relações entre Brasil e França sempre foram algo a ser lembrado.
Antigamente no âmbito cultural isso era muito forte, existe aquela velha história de que em tempos idos o Brasil tentava copiar a Europa em tudo, nessa Europa o grande pilar era o país que tem como capital Paris.
Mas hoje o acordo entre Brasil e França se dá em outra área, na militar.
Convidado de honra para o desfile de 7 de setembro, o presidente francês Jean Sarkozy assinou um acordo com o presidente Lula. Um acordo de proporções enormes.
O acordo é assim: a França fornecerá ao Brasil helicópteros, quatro submarinos, um casco para o futuro submarino nuclear e transferência de tecnologias, com exceção da nuclear (que por acaso é uma das maiores e mais evoluídas matrizes de energia francesas).
Tudo isso pela "bagatela" de R$ 25 bilhões. Além disso foi acordado também a compra de 36 caças Rafale, pelo valor aproximado de R$ 7 bilhões.
Bem, é muita grana!
É lógico que o investimento nessa área é muito importante, mas até por isso mesmo é necessário fazer uma melhor pesquisa de preços e de posteriores vantagens que o país poderá ter: é mais ou menos como pesquisar em vários supermercados o melhor preço. Ao invés de fazer isso, Lula escolheu um "supermercado", entrou nele e comprou tudo de uma vez lá.
Acho que deu pra entender a brincadeira do parágrafo acima, o que quero dizer é que um acordo do tamanho desses ser feito assim da noite pro dia é algo meio estranho, talvez fosse melhor pensar mais um pouco.
Sarkozy é quem agradece, pois além de lucrar muito com esse acordo ainda se livra dos Rafale, um caça que não deu muito certo, e precisava de alguém pra comprá-lo, esse alguém foi o Brasil.
Mas, acordos militares a parte, Vive la France!
Caso Briatore Renault
Continuamos com um pé na França, afinal agora o acontecimento tem como um de seus principais personagens a escuderia francesa de Fórmula 1, Renault.
Na verdade o acontecimento ocorreu há um ano, no Grande Prêmio de Cingapura: o piloto brasileiro Nelsinho Piquet acatou ordens de seus superiores (entenda-se Flávio Briatore, o então homem forte da Renault) para forjar um acidente, que beneficiaria seu companheiro de equipe Fernando Alonso, arriscando-se fisica e moralmente.
Mas aí o leitor pode se perguntar: mas por que isso só veio a tona agora?
É simples: Nelsinho foi mandado embora da Renault, enquanto ainda corria pela equipe não queria revelar isso ao público, depois da demissão ficou "livre"disso e enfim foi tudo revelado.
É meio deprimente ver coisas assim, foram muitas discussões em relação às punições a Briatore, Piquet e outros envolvidos, acredito que nenhum tipo de punição é válida, o que foi feito é algo realmente baixo, que teoricamente não deveria ser feito de maneira alguma, ainda mais em um campeonato da grandeza da F1.
E aí fica o questionamento mais uma vez: práticas como essa podem ser comuns dentro da Fórmula 1? Será que foi a primeira vez que isso aconteceu?
Sinceramente, creio que não em ambas as perguntas.
Porém o que fica é a impressão de que o dinheiro definitivamente ultrapassou as barreiras do esporte, hoje não é mais corrida pra ver a bandeira quadriculada antes de todo mundo, a corrida é pelo dinheiro.
Soa materialista demais, mas essa é a realidade.
*Mês que vem tem Honduras nos acontecimentos...