07 setembro, 2009

...ou morte!

Um texto para os 187 anos de Independência do Brasil:

...ou morte!
Sim, há exatos 187 anos o Brasil tornava-se independente da Coroa Portuguesa.

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas...

Ouviram D. Pedro I praticamente “acordar” a independência tupiniquim, na verdade a dependência em relação à Portugal apenas foi transferida para a Inglaterra, que passou a deter ainda mais controle sobre o comércio brasileiro e permaneceu assim por alguns anos.

É duro dizer isso, mas a poesia das independências de outros países, como a dos Estados Unidos, por exemplo, não existe em relação ao Brasil, toda a mística de conquista de algo na verdade foi fabricada, não existem verdadeiros heróis brasileiros.

As maquiagens de D. Pedro I e II, Tiradentes e por aí vai, são meras ilustrações que tentam passar para a grande massa a idéia de heróis.

Mais uma vez se cai na idéia da fácil alienação da população brasileira, que chega a considerar até os jogadores do escrete canarinho grandes heróis. Não querendo tirar o mérito de grandes seleções como a de 58 ou 70 e até mesmo a de 82, que apesar de não ter trazido o título deixou muita história pra contar, mas as camisetas amarelas devem ser consideradas lúdicas e não supervalorizadas.


A cada linha que passa sinto que quem lê esse texto me considera um antipatriota ou coisa parecida, não é nada disso, o que acontece é que cada vez mais vejo o Brasil com olhos desiludidos, o que antes era “dia de marchar com a escola” hoje já é dia de pensar em como mudar a situação em que vivemos.

E diga o verde louro desta flâmula: Paz no futuro e glória no passado...

A glória do passado é difícil de ser visualizada, a história está escrita e os longos anos de escravidão, a ditadura militar e os escândalos parlamentares não podem ser apagados, mas paz no futuro é algo que eu desejo muito!

E pra ter essa paz está na hora de mudar, e uma boa chance de mudar é votar conscientemente, 2010 está aí e é nessa hora que muita coisa pode ser mudada e a paz do futuro possa ficar mais próxima da realidade.

Por tudo isso, nesse dia de independência, parafraseando D. Pedro I, pra não falar também que não dou valor nenhum a ele ou a outras figuras históricas brasileiras, desesperadamente eu grito em português: Voto consciente ou morte!

Rogério Arantes

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