26 fevereiro, 2010

Rabo de Urna #02

O segundo Rabo de Urna abre uma série de três "rabos de urna" que falarão sobre os principais candidatos à presidência da República na minha visão: Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva.

Muitos podem até estranhar, ainda é fevereiro e já vou falar dos candidatos, mas a ideia é essa mesmo. Falar sobre cada um com antecedência, antes do início das propagandas eleitorais.

Tentarei ser o mais imparcial possível, ainda não tenho candidato definido, e escrevendo esses posts vou procurar inclusive ir moldando a minha própria opinião e decidir em quem votar.

Começo com a candidata da situação, que teve candidatura anunciada no último dia 20 inclusive, Dilma Rousseff:

Já cheguei até a escutar o trocadilho "Lula Nova" fazendo menção ao filme Lua Nova e a Dilma. E a ideia é essa: Dilma entra para ser uma sucessora do que
Lula construiu nesses oito anos de mandato.

Se eleita, pouca coisa deve mudar, as mudanças seguirão os mesmo rumos dos programas de Lula.

Essa continuidade, aliada ao discurso feminista poderão ser explorados como os pontos positivos da campanha de Dilma.

Atual ministra da Casa Civil, e considerada também a "mãe" do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Dilma já foi também ministra de Minas e Energia.

Porém nem tudo são flores para essa mineira de Belo Horizonte, que depois de ter sido presa reconstruiu sua vida em Porto Alegre, e é justamente esse período pré-prisão que a grande maioria da população não conhece.

Dilma foi guerrilheira dos grupos COLINA (Comando de Libertação Nacional) e VAR Palmares, esse momento da vida de Dilma poderá ser explorado tanto positiva quanto negativamente.

Aqui vão dois textos, de opiniões completamente diferentes, falando sobre a candidata:

Ainda que eu tivesse cometido algumas injustiças com Lula, coisa de que discordo, de uma certamente eu o teria poupado: jamais o considerei um idiota. Nunca! Até aponto a sua notável inteligência política, coisa que não deve ser confundida, obviamente, com cultura. O governo vive, a despeito das negativas, uma crise militar. Que é muito mais grave do que se nota à primeira vista. Ela foi originalmente pensada nas mentes travessas de Tarso Genro, ministro da Justiça, e
Paulo Vanucchi, titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Mas tomou consistência e corpo nos cérebros não menos temerários da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata do PT à Presidência, e de Franklin Martins, ministro da Comunicação Social, hoje e cada vez mais o Rasputin deste rascunho de czarina que pretende suceder Lula.


"Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança". O bonito trecho da poesia de nosso conterrâneo Carlos Drummond de Andrade foi a senha hoje para a ministra Dilma Rousseff assumir, perante milhares de petistas, sua candidatura à presidência da República pelo PT e aliados. Foi, também, uma auto-definição com a qual ela transmitiu o estado de espírito com que se lança na disputa eleitoral.


É isso, no mês que vem o Rabo de Urna falará de José Serra.

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