08 agosto, 2010

Despedida

Esse é o último post do Un Quimera aqui no Blogger, por alguns motivos resolvi mudar o blog pro Wordpress, hoje começo a postar lá...

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Un Quimera Wordpress

06 agosto, 2010

Colorado na Final


Como antecipei ontem, o Un Quimera hoje trataria do duelo brasileiro pela Libertadores entre São Paulo x Inter, um jogaço dipustado ontem no Morumbi, que honrou o nome das duas equipes e assim como o outro confronto brasileiro dessa Libertadores, entre Corinthians x Flamengo, ficará para a história do futebol.

Depois de um jogo truncado em Porto Alegre, onde o São Paulo só preocupou-se em defender e o Inter não estava muito inspirado no ataque, ontem o Morumbi viu um jogo bem diferente, e a vantagem conquistada pelo Colorado no primeiro jogo fez a diferença. Um golzinho de Giuliano, que tinha acabado de entrar fez com que o Inter chegasse a São Paulo podendo perder de um gol de diferença, caso anotasse um ou mais gols, foi o que aconteceu, assim como na quarta o Santos foi campeão perdendo do Vitória por 2 x 1, ontem o Inter classificou-se perdendo pelo mesmo placar.

A mesma combinação (1 x 0 em casa e 1 x 2 fora) foi a que deu a classificação para o Flamengo em cima do Corinthians nas Oitavas, é muito batido dizer isso, mas esse ano parece que mais do que nunca, o critério do gol fora vem fazendo muita diferença.


O jogo de ontem começou tenso, com muitas faltas dos dois lados, mas aos poucos foi se soltando, o São Paulo, precisando fazer gols entrou com uma formação ousada, Cleber Santana, Rodrigo Souto e Hernanes são volantes que saem jogando, esse trio ficou um pouco mais trás no início do jogo (depois Hernanes acabou indo pra cima também) e teve Fernandão como meia, e os atacantes Dagoberto e Ricardo Oliveira buscando o gol. Na defesa, Jean e Júnior César subiam constantemente ao ataque, e a boa dupla formada por Miranda e Alex Silva ia dando conta do recado.

Gol que saiu ainda no primeiro tempo, mas não foi de nenhum dos homens de frente e sim do zagueirão Alex Silva, após falha escandalosa do goleiro Renan.


O gol animou ainda mais o São Paulo, mas não intimidou tanto assim o Inter, que
diferentemente do que o São Paulo havia feito no Beira Rio, não se retrancou, tentou buscar o gol e ser ofensivo até onde dava. Também com um trio de volantes muito técnico (Sandro, Guiñazu e Tinga) e de muita movimentação, D'Alessandro era o homem para criar jogadas, auxiliado de vez em quando pelas descidas dos laterais Nei e Kléber, que desceram muito pouco é bem verdade, os atacantes Taison e Alecsandro, também pouco apareceram. A zaga formada pelo capitão Bolívar e por Índio jogava com firmeza e seriedade.

O primeiro tempo terminou no 1 x 0, resultado que levaria a decisão pros pênaltis.

Mas logo no início do segundo tempo saiu o empate. Em falta cobrada por D'Alessandro o camisa 9 Alecsandro apareceu no meio do caminho e desviou a bola que morreu no cantinho do gol de Rogério Ceni.

Mal deu tempo pro Inter comemorar e o São Paulo voltou a frente, Ricardo Oliveira
recebeu em posição legal, livre dentro da área e fuzilou o gol de Renan.

O gol deu novo ânimo ao São Paulo, que se jogou ainda mais ao ataque, a entrada de Marlos no lugar de Cleber Santana confirmou ainda mais isso.

Pouco depois outro fator positivo para o Tricolor, Tinga cometeu falta dura em Júnior César e como já havia levado um amarelo levou o segundo e foi expulso.

Com um a mais, Ricardo Gomes ousou ainda mais e colocou Fernandinho e Marcelinho Paraíba em campo, o Tricolor Paulista tentou, tentou, tentou e não conseguiu furar o bloqueio vermelho. Vitória são-paulina e classificação colorada.

Celso Roth perde a invencibilidade no comando do Inter, mas também começa a perder a fama de que chega e não ganha, classificado para a final contra o Chivas Guadalajara, o Inter está muito próximo do bi-campeonato na Libertadores, vencendo ou não a equipe gaúcha já tem vaga garantida no Mundial de Abu Dhabi, por querelas entre a organização da Libertadores e da CONCACAF, em caso de time mexicano campeão da Libertadores o vice é quem representa a América do Sul, pois o representante mexicano no Mundial vem da competição organizada pela CONCACAF que reúne clubes das Américas Central e do Norte.

Enfim, isso tudo só quer dizer que o Inter além de ter merecido a vaga na grande
final ainda contou com a sorte de já estar previamente classificado para o Mundial, porém isso não impede a equipe de Celso Roth de ganhar o título da Libertadores e quebrar a horrorosa sequencia de derrotas brasileiras em finais de Libertadores, que já dura desde 2007 (Grêmio, Fluminense e Cruzeiro perderam respectivamente para Boca Juniors, LDU e Estudiantes em 2007, 2008 e 2009).

Agora é esperar pra ver essa final de Libertadores que promete, o cheiro é de um duelo de "Inters" na final do Mundial...

05 agosto, 2010

Santástico


Depois de alguns probleminhas no fim de julho, começo o mês de agosto falando de futebol, hoje Copa do Brasil, amanhã Libertadores, depois vou dar uma mudada no assunto...

Chegou ao fim ontem a 22ª edição da Copa do Brasil, competição que todo ano reúne times de todos os estados do Brasil, jogada em um sistema de eliminatórias desde a primeira fase, a competição além de ser a segunda competição nacional de maior importância (só perde, é claro, para o Campeonato Brasileiro) dá ao campeão uma vaga na Libertadores do ano seguinte.

E é por isso que o Santos Futebol Clube já é o primeiro representante do Brasil na Libertadores 2011.

Ontem, no Barradão, foi disputado o segundo jogo da final, entre Vitória x Santos.

Depois de uma boa vitória por 2 x 0 na Vila Belmiro, com gols de Neymar e Marquinhos, o Santos chegou a Bahia com grande vantagem, como diz o ditado: com uma mão na taça.

Mas o Vitória, que precisava vencer por 2 x 0 para levar a decisão aos pênaltis e por 3 gols de diferença para ser campeão, começou o jogo pressionando a equipe paulista.

Sem muita objetividade, é bem verdade, mas jogando todas as suas fichas, Ricardo Silva entrou com dois centroavantes (Junior e Schwenk) e dois meias (Ramon e Elkeson), além disso o volante Bida acabou atuando um pouco mais frente, fazendo uma linha de três com os dois meias, além das descidas do lateral-esquerdo Egídio, era um Vitória ofensivo, que buscava a todo custo o gol.

Mas a equipe santista, caracterizada pelo futebol moleque, não foi nem um pouco moleque, Dorival Junior deu ao time uma autonomia defensiva, o que geralmente falta para equipes que jogam muito bonito.

Com Arouca e Wesley a frente da zaga, e com os laterais Pará e Alex Sandro descendo pouco, os ataques rubro-negros eram facilmente contidos, a experiente dupla de zaga com Durval e Edu Dracena (que já tinha sido campeã da Copa do Brasil antes, Edu pelo Cruzeiro em 2003 e Durval pelo Sport em 2008) deu mais segurança ainda.

Até que no fim do primeiro tempo, após bom cruzamento de Neymar (até então sumido do jogo) Edu Dracena subiu e fez de cabeça o primeiro gol do jogo.

Com 1 x 0 no placar o Santos foi para o vestiário com as duas mãos na taça.

Na volta para o segundo tempo o Vitória continuava tentando pressionar o Santos, que até pelas circunstâncias do jogo não foi aquele Santos ofensivo de muitos gols, apenas marcava lá atrás e poucas vezes saia para o ataque.

Então veio o justo empate do Vitória, o capitão Ramon ajeitou de cabeça para o zagueiro Wallace, que chutou pro gol, a bola desviou em Durval e entrou.

Esperança para o Vitória, que ainda precisava de três gols para conseguir o título, e com muita raça e dedicação foi pra cima do Santos de vez.

Mas dessa vez acabou deixando espaços e o Santos começou a criar oportunidades também, Ganso, Robinho, Marquinhos (que havia entrado no lugar de André) todos parados pelo bom goleiro Viáfara.

Num de seus ataques, após belo passe de Neto Coruja, o camisa 9 Junior, com um toque sutil, tirou o goleiro Rafael e virou o jogo para o Vitória, de maneira merecida a equipe baiana venceu o segundo jogo, pois se arriscou mais e criou oportunidades de onde parecia não existir nada para criar, mas já era tarde demais, o 2 x 1 dava o título ao Santos.

Assim como o Vitória mereceu a vitória no segundo jogo, o Santos mereceu o título, pelas estrondosas goleadas nas primeiras fases do torneio, pelas boas vitórias sobre Atlético/MG e Grêmio, dois dos principais candidatos ao título, e pelo bom primeiro jogo na Vila Belmiro, onde mesmo com o pênalti perdido por Neymar e outras inúmeras oportunidades perdidas com bola rolando, a equipe santista conseguiu abrir dois gols de diferença.

Depois de um primeiro semestre quase perfeito, com a conquista do título paulista e outras grandes exibições dentro da própria Copa do Brasil, o Santos começou o período pós-Copa um pouco mal, e criou dúvidas na cabeça da torcida e e todos, mas a confirmação de uma terceira geração vitoriosa de "Meninos da Vila" veio com esse título da Copa do Brasil.

O time agora pode se desfigurar com as saídas de André e Robinho praticamente confirmadas, mas mesmo assim continua sendo uma equipe muito forte, Ganso é um legítimo camisa 10, e a solidez defensiva também é um ponto interessante a ser lembrado.

A alcunha Santástico talvez seja um pouco exagerada, mas no momento vale a pena ser lembrada, o time do Santos se reconstruiu nessa temporada, apostando na prata da casa e no bom técnico Dorival Júnior.

Ao Vitória resta levantar a cabeça e continuar firme no Brasileirão, a equipe baiana não é das melhores, mas contém peças interessantes e não é atoa que chegou a final da Copa do Brasil, o goleiro Viáfara e o meia Elkeson, são pra mim os dois grandes destaques.

Hoje a noite teremos outro grande jogo entre São Paulo x Internacional, pelas semi-finais da Copa Libertadores, jogo extremamente importante e que deverá ficar na memória do futebol brasileiro, o Inter abriu vantagem de 1 x 0 jogando no Beira-Rio, o confronto no Morumbi hoje promete, amanhã comento sobre ele aqui.